Poema #6

 
Com tantas pessoas

Senti-me só, ébrio e infeliz

Definições baratas,

para um moribundo qualquer



Ah desígnios meus

Gostaria que me bastassem

Mas ao perder-me nos anelos nossos

Sei que nada valem

Desvaneço



Sigo,

Então,

Escravo de mim.

(Gabriel B. Rodrigues)
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Guardei


Deitei-me ao chão anestesiado,
Aquelas últimas palavras no telefone
Foram por demais severas
Recorro como ameaçara antes, aos últimos goles do conhaque barato

...Não acreditarias...

No falhar dos sentidos, ou talvez mergulho na embriaguez
Fito, inebrio, o teto vazio procurando uma resposta
Eu que sempre tive uma resposta, sobram-me os ais

...querida, nos silêncios...

Dormir seria fácil, não fosse o torpor da bebida
Ou de teus olhos ao fechar os meus
Ah... devaneios meus,
teus...

...que guardei.

(Gabriel B. Rodrigues)
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Volta


Talvez querida, talvez
Tu voltes pelos beijos
Ou pelos anelos que te contavas

Quem sabe voltes
Pelos copos de bebida baratos
Ou pelo blues do meu violão antigo

Ou, ainda
Podes lembrar-te das promessas
Ou tudo o que fizemos

Mas, se nada disso ainda te baste, querida
Ou, se nada te faltas,
Voltas apenas...
Pela minha,
Poesia.

(Gabriel B. Rodrigues)
___________________________________________
Tive uma repentina inspiração (nossa quanto tempo isso
não acontece?) e escrevi este poema todo de uma vez.
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Transitório




No estrépito
De acordes mal formados
Equilibro-me, balizo.

No apagar das lamparinas
Com o findar dos últimos goles
Desvaneço, extingo.

No soprar gélido
Da tarde de dezembro
Arrefeço, esmaeço.

E neste desatino
Efêmero,
Como ei de ser,
Transitório.

(Gabriel B. Rodrigues)
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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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